De tudo, meu amor, serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre,
E tanto que mesmo em face do maior encanto dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivêlo em cada vão momento
E em seu louvor, hei de espalhar meu canto
Rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas, que seja infinito enquanto dure.
Texto de VinÃcius de Moraes.
Autor da mensagem: Desconhecido
Contribuição: Denise Carreira
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